4. Convites

... O mês seguinte ao acidente foi inquietante, tenso e, no início, constrangedor.
(MEYER, p. 58)

... Os Cullen e os Hale sentavam-se à mesma mesa de sempre, sem comer, conversando entre si. Nenhum deles, em especial Edward, voltou a olhar na minha direção.
Quando ele se sentou ao meu lado na aula, o mais distante de mim que a carteira permitia, parecia totalmente incosciente da minha presença.
Ele queria não ter me tirado do caminho da van de Tyler - não havia outra conclusão que eu pudesse tirar.
... Eu o olhava às vezes, incapaz de me conter - mas de longe, no refeitório ou no estacionamento. Eu o observava à medida que seus olhos dourados ficavam perceptivelmente mais escuros dia após dia. Mas, na aula, eu não prestava atenção nele mais do que ele permitia. Eu estava Infeliz. E os sonhos continuaram.
(MEYER,p. 59)

... Parei por um momento, odiando a onda de culpa que varreu meu corpo. Mas vi, pelo canto do olho, a cabeça de Edward se inclinar por reflexo na minha direção.
... E Edward estava me ancarando com curiosidade, com aquela frustração que eu já conhecia agora ainda mais evidente em seus olhos escuros.
Eu sustentei o olhar, surpresa, esperando que ele desviasse a cabeça rapidamente. Mas, em vez disso, ele continuou a olhar com intensidade nos meus olhos, como se me sondasse. Para mim, estava fora de cogitação desviar o rosto. Minhas mãos começaram a tremer.
(MEYER, p. 61)

...- Bella? - a voz dele não devia ter sido tão familiar para mim, como se eu conhecesse aquele som por toda minha vida e não há apenas algumas semanas.
... - Então o que você quer, Edward? - perguntei, ainda de olhos fechados; era mais fácil falar com ele com alguma coerência desse jeito.
- Desculpe. - Ele parecia sincero. - Tenho sido muito rude, eu sei. Mas é melhor assim, pode acreditar.
...- É melhor não sermos amigos - explicou ele. - Confie em mim.
... - Acha que me arrependo de ter salvado você?
(MEYER, p. 62)
- Eu sei que se arrepende - rebati.
- Você não sabe de nada. - Sem dúvida ele estava irritado.
(MEYER, p. 63)

... Mas minha cabeça girava, tentando analisar cada palavra que Edward dissera hoje. O que ele quis dizer com a história de que era melhor não sermos amigos?
... Ele devia ter visto como eu estava absorta nele; não devia querer me seduzir... Então não podíamos mais ser amigos... porque ele não estava nada interessado em mim.
... Bom, estava tudo bem. Eu podia deixá-lo em paz. Eu o deixaria em paz. Passaria por minha sentença aqui no purgatório e depois, com sorte, uma universidade no Sudoeste...
(MEYER, p. 65)

... Na manhã seguinte, quando cheguei ao estacionamento, encostei deliberadamente o mais distante possível do Volvo prata. Não queria me colocar no caminho da tentação e terminar devendo um carro novo a ele. Ao sair da cabine, me atrapalhei com minha chave e ela caiu numa poça a meus pés. Enquanto me abaixava para pegar, uma mão branca apareceu de repente e pegou a chave antes de mim. Endireitei o corpo rapidamente. Edward Cullen estava bem ao meu lado, encostando-se casualmente na minha picape.
(MEYER, p. 67)

... - Eu ouvi dizer que vai a Seatle nesse dia e estava pensando se você queria uma carona.
Por essa eu não esperava.
...- Com quem? Perguntei, aturdida.
- Comigo, é claro. -Ele enunciou cada sílaba como se estivesse falando com alguém com problemas mentais.
(MEYER, p. 68)

...- Francamente, Edward. - Senti um arrepio me perpassar ao dizer o nome dele, e odiei isso. - Eu não consigo entender você. Pensei que não quisesse ser meu amigo.
- Eu disse que seria melhor se não fôssemos amigos, e não que eu não queria ser.
... - Seria mais... prudente para você não ser minha amiga - explicou ele.- Mas estou cansado de tentar ficar longe de você, Bella.
...- Você realmente deve ficar longe de mim - alertou ele. - Vejo você na aula.
(MEYER, p. 69)

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Veja Também:
- 5. Tipo Sangüíneo
- 6. Histórias de Terror
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