Não precisamos esconder as motos, bastou colocá-las no galpão de Jacob. A cadeira de rodas de Billy não passava pelo terreno irregular que separava a garagem da casa.
Jacob começou na mesma hora a desmontar a primeira moto - a vermelha, que seria minha. Ele abriu a porta do carona do Rabbit para eu me sentar no banco, e não no chão. Enquanto trabalhava, Jacob conversava animado e só precisava de meu mais sutil aceno de cabeça para continuar a conversa. Ele me atualizou sobre o progresso de seu segundo ano na escola, falando sem parar das aulas e dos melhores amigos.
- Quil e Embry? - interrompi. - São nomes incomuns.
Jacob riu.
- Quil é nome herdado de família e acho que Embry foi uma homenagem a um ator de novela. Mas não posso ficar comentando. Eles ficam furiosos se você fala sobre o nome deles... Vão partir pra cima de você.
- Amigos legais. - Ergui uma sobrancelha.
- Não, eles são mesmo. É só mexer com o nome deles.
Nesse momento um chamado ecoou ao longe.
- Jacob? - gritou alguém.
- É o Billy? - perguntei.
- Não. - Jacob baixou a cabeça e parecia estar corado sob a pele castanha. - E por falar no diabo - murmurou -, aparece o capeta.
- Jake? Você esta aí fora? - Agora a voz que gritava estava mais perto.
- Estou! - gritou Jacob e suspirou.
Esperamos por um curto silêncio até que dois rapazes altos e morenos entraram na garagem.
(MEYER, p. 104)
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