- Muito bem, onde está a embreagem?
Apontei para a alavanca em meu punho esquerdo. Soltar o punho foi um erro. A moto pesada balançou embaixo de mim, ameaçando me derrubar de lado. Agarrei o punho de novo, tentando mantê-la reta.
- Jacob, não vai ficar de pé - reclamei.
- Vai, quando você estiver em movimento - prometeu ele. - Agora, onde está seu freio?
- Atrás do meu pé direito.
- Errado.
Ele segurou minha mão direita e pôs meus dedos em volta da alavanca acima do acelerador.
- Mas você disse...
- Este é o freio que você quer. Não use o freio traseiro agora, isso é para depois, quando você souber o que está fazendo.
- Não parece certo - disse, desconfiada. - Os dois freios não são importantes?
- Esqueça o freio traseiro, está bem? Olhe... - Ele envolveu minha mão com a dele e me fez apertar a alavanca para baixo. - É assim que você freia. Não esqueça. - Ele apertou minha mão outra vez.
- Tudo bem - concordei.
- Acelerador?
Girei o punho direito
- Câmbio?
Cutuquei-o com a panturrilha esquerda.
(MEYER, p. 134)
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